Arte em Meio a Tempos de Micro-Vídeos

Instagram, No Like

A atenção das pessoas está cada vez menor na era das redes sociais frenéticas e a arte pode ser uma das soluções para trazer um pouco de tranquilidade em meio a tanto ruído.

Quem nunca se deixou levar pela infinita timeline onde ficamos deslizando o dedo, na maioria das vezes, sem direção e ou sem motivo mesmo, só pelo hábito criado. Quando fechamos o aplicativo, é bem difícil lembrar ou saber o nome de um dos criadores dos micro-vídeos, já foi.

Cada vez mais não sabemos quem fez o conteúdo e nem o porquê, é só mais um vídeo sem qualquer vínculo com o criador, sem nenhuma conexão.

Longe de mim dizer que uma ou outra rede social é ruim para alguém, não existe certo nem errado, mas acho que vale me questionar se os conteúdos super rápidos e superficiais estão realmente acrescentando algo em nossas vidas ou é só mais um meio de tirar nossa atenção do agora, do momento presente.

Eu mesmo tenho feito muitos vídeos de no máximo um minuto de duração para “entrar na onda” e tentar levar minha arte para novas pessoas. Acontece que não sinto que crio uma relação tão profunda a ponto de se ter uma comunidade, sinto sim, que sou somente mais um micro-vídeo, sem cara nem coração para os espectadores, no máximo rola um “like”.

As vezes alguém começa a me seguir, mas mesmo assim, não vejo conversa acontecendo nem comigo e nem entre as pessoas que me acompanham, é um seguir sem estar próximo, sabe? Como pode isso?

Conexão, Comunidade e Micro-Videos

Quando ainda era bem ativo no YouTube com vídeos mais longos (canal sobre produção musical: Gravando Minha Música), percebia que tinha um senso de comunidade por ali, acho que as pessoas paravam para me ouvir e saber mais sobre quem eu era e o que pensava, até hoje meus vídeos mais antigos são tópicos para perguntas e respostas, o que possibilita o inicio de algumas conversas.

Vídeos longos no YouTube é a solução então? Não sei, mas me sinto melhor lá e aqui no site.

Por isso, resolvi voltar a “blogar”, a escrever textos também para as pessoas (e eu) poderem parar um pouco e apreciar o momento presente, acho que a humanidade está precisando mais disso. Assim como as artes plásticas, por exemplo, que necessitam que você pare, respire e esteja presente para uma boa observação.

Criar arte hoje é também uma bandeira para uma vida mais saudável, um sinal de esperança, uma lembrança que ainda somos seres humanos capazes de conectarmos uns com os outros, com coisas legais, que acrescentam algo de bom em nossas vidas, coisas profundas principalmente.

O próximo grande artista, criador, ou inventor pode estar dormindo entre uma “deslizada” e outra na tela, por isso, vou continuar postando (pelo menos por enquanto) micro-vídeos também, para inspirar e convidar as pessoas a me conhecerem melhor com o tempo.

Será que esse é o futuro dos micro-vídeos? Um convite para algo mais profundo? Para uma conexão maior?

Assim espero.

Obrigado por sua atenção, com um mundo tão ansioso e estressado, me considero vitorioso em proporcionar um momento, mínimo que seja, de conexão.

Curtiu o texto, deixe seu comentário no final dessa página pra eu saber um pouco mais o que você pensa sobre o assunto.

Ah, e não esqueça de compartilhar esse post, talvez exista uma pessoa precisando ler esse conteúdo hoje.

Abs.
Marcelo Santos

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2 comentários em “Arte em Meio a Tempos de Micro-Vídeos”

  1. Marcelo, adorei teu texto. Eu concordo com você, que videos curtos são superficiais. Como se aprofundar em algo que é super rápido? Aliás, eu detesto estes videos curtos. Não vejo. Acho que é perda de tempo. Se é para distrair, prefiro me distrair com outras coisas e não videozinho curto que não diz nada. Este negócio de parar, estar aqui e agora, vejo que realmente as pessoas não estão infelizmente vivendo isto. As pessoas mais vivem em outro lugar do que no presente. Aliás, estou me formando para ser instrutora de mindfulness e tenho visto isto direto com as pessoas. É algo que eu havia comentado aqui em casa: arte é uma forma maravilhosa de nos trazer atençao plena e estar presente. Ou estar no flow, né.
    Não acho que os micro videos são convites para algo mais profundo, pois em sua superficialidade e pressa o ser humano está sem paciência para algo que leve mais tempo em suas vidas. Triste isto. Realmente muito triste. Quanta humanidade se perde. Quantas experiências se perdem.
    Amei seu texto. Sim, é urgente que nos lembremos de nossa condição humana de conexão real e não superficial, on line, sem “alma”.

    1. Marcelo Santos
      Marcelo Santos

      Obrigado pelo comentário Marcia, fico feliz que tenha gostado do texto.
      Não sei onde essa pressa toda, esses vídeos curtos vão levar. Estou tentando ter ideias para tirar o melhor proveito do que eu consigo ver em meio a isso tudo, mas está difícil, parece que a humanidade está indo para um lugar muito superficial mesmo, cada vez mais.
      Abs.
      Marcelo

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